quinta-feira, 4 de abril de 2013

TÓPICO 1

Adormecida

Uma noite, eu me lembro... Ela dormia 
Numa rede encostada molemente... 
Quase aberto o roupão... solto o cabelo 
E o pé descalço do tapete rente.
'Stava aberta a janela. Um cheiro agreste 
Exalavam as silvas da campina... 
E ao longe, num pedaço do horizonte, 
Via-se a noite plácida e divina.
De um jasmineiro os galhos encurvados, 
Indiscretos entravam pela sala, 
E de leve oscilando ao tom das auras, 
Iam na face trêmulos — beijá-la.
Era um quadro celeste!... A cada afago 
Mesmo em sonhos a moça estremecia... 
Quando ela serenava... a flor beijava-a... 
Quando ela ia beijar-lhe... a flor fugia...
Dir-se-ia que naquele doce instante 
Brincavam duas cândidas crianças... 
A brisa, que agitava as folhas verdes, 
Fazia-lhe ondear as negras tranças!
E o ramo ora chegava ora afastava-se... 
Mas quando a via despeitada a meio, 
P'ra não zangá-la... sacudia alegre 
Uma chuva de pétalas no seio...
Eu, fitando esta cena, repetia 
Naquela noite lânguida e sentida: 
"Ó flor! — tu és a virgem das campinas! 
"Virgem! — tu és a flor da minha vida!..."

TÓPICO 5



 A terceira Geração do Romantismo é chamada também de Condoreira, relacionada Condor, o pássaro que representa a liberdade dos escravos, Social e Hugoana. Tem uma temática republicana e abolicionista. Mas também fala sobre a mulher idealizada, mas real, próxima. O principal autor dessa geração é Castro Alves.

TÓPICO 4




Retirantes

Dorival Caymmi

Vida de negro é difícil
É difícil como quê
Eu quero morrer de noite
Na tocaia me matar
Eu quero morrer de açoite
Se tu negra me deixar
Vida de negro é difícil
É difícil como quê
Meu amor, eu vou m'embora
Nessa terra vou morrer
O dia não vou mais ver
Nunca mais eu vou te ver
Vida de negro é difícil
É difícil como quê

TÓPICO 2



O grito Negro

Existia um povo escravo
Sem direito e com maus tratos
Tudo pela sua cor
Sentiram fome, sentiram dor
Foram muito castigados
Com a dor do preconceito
Que carregavam no peito

Antes foram desalmados
Considerados escravos
Na senzala eles viviam
Sem poder viver sua vida
Sentindo o peso da injustiça
O amor não existia
As doenças lhes infestavam
E sem cuidado se alastravam

Mas pior que todo trabalho
Que toda surra e mal trato
Era viver num mundo
Onde não eram considerados
Onde não podiam amar
Sem ter tanto obstáculo
Mas apesar de tudo
A esperança não ficava de lado
E no peito falava alto

E até que um dia
O sol da justiça brilhou
E o poder da lei os livrou
De toda aquela escravidão vazia
Mas infelizmente, até hoje não existe
Uma lei que os livre
Desse preconceito triste.

                         Rafaela Cristina

TÓPICO 5


    
A Segunda Geração do Romantismo aconteceu entre 1850 e 1860. É conhecida como Mal-do-Século, pois suas obras tinham como características o pessimismo, a angustia, o tédio, e também pela obsessão pela morte. Era subjetiva e queria escapar da realidade. E a mulher idealizada, perfeita, mas distante. Seus principais representantes são: Alvares de Azevedo, o mais intenso, Cassimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

TÓPICO 1

Trazendo o poema Navio Negreiro de forma diferente, não em formato de texto, mas em vídeo.

TÓPICO 4


Ilê! Pérola Negra (O Canto do Negro)

O canto do negro
Veio lá do alto
É belo como a íris dos olhos de Deus, de Deus
E no repique, no batuque
No choque no aço
Eu quero penetrar
No laço afro que é meu, e seu
Vem cantar meu povo
Vem cantar você
Bate os pés no chão moçada
E diz que é do Ilê Ayê
Lá vem a negrada que faz
O astral da avenida
Mas que coisa bonita
Quando ela passa me faz chorar
Tu és o mais belo dos belos
Traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte
Por isso te chamo de Pérola Negra
Ê, Pérola Negra
Pérola Negra Ilê Ayê
Minha Pérola Negra
Lá vem a negrada que faz
O astral da avenida
Mas que coisa mais linda
Quando ela passa me faz chorar
Tu és o mais belo dos belos
Traz paz e riqueza
Tens o brilho tão forte
Por isso te chamo de Pérola Negra
Com sutileza
Cantando e encantando a nação
Batendo bem forte em cada coração
Fazendo subir a minha adrenalina
Como dizia Buziga
Edimin
Emife Nagô Dilê
Edimin
Emife Nagô Dilê
Ê, Pérola Negra
Pérola Negra, Ilê Ayê
Minha Pérola Negra